Antes feito que perfeito

Quer saber 3 coisas que aprendi depois que virei mãe? Aí vão elas: “Antes feito que perfeito”, “O ótimo é inimigo do bom”, “Menos é melhor que nada”.

Antes de ter filhos, eu era perfeccionista. Ou fazia tudo, perfeito, ou não fazia nada. Ou entrava no jogo para ser a melhor, ou nem me arriscava. Aí chegou o Leo, virando tudo de pernas para o ar, me mostrando que nem tudo pode ser controlado, que nem tudo depende só da gente, que nem tudo precisa ser perfeito para ser maravilhoso. E assim, aprendi a arriscar. Aprendi a me arriscar, a me expor, a me decepcionar, a quebrar a cara e aprendi muito mais do que tinha aprendido até então. E principalmente, descobri que dá para se fazer coisas, se não grandiosas, muito especiais, simplesmente começando pequeno, indo devagar, indo meio que até pagando mico, mas depois se aperfeiçoando aos poucos conforme vai se dedicando e tomando gosto.

Querem entender através de alguns exemplos? Eu só fui aprender a dirigir depois dos 30. Isso porque, minhas amigas sempre dirigiram melhor que eu, dirigiram desde cedo, e eu, como não podia sair dirigindo à perfeição (leva-se tempo para aprender bem qualquer coisa) eu não aceitava e nunca me arriscava a começar. Eu também não praticava exercícios físicos, porque sempre fui a pior da classe em educação física. E também não curtia mar, praia, parques aquáticos por que não sabia nadar. Ou porque não tinha o “corpo perfeito”. Sei lá gente, coisa de gente doida, perfeccionista, e que só outro perfeccionista irá entender.

Mas quero dizer que a chegada do meu primeiro filho me deu um tapa na cara, daqueles bem grandes, e me deparei com um modelo de mãe tão imperfeito (e tão longe do que eu sonhava) que entendi que a vida é assim. A gente não nasce sabendo, sendo a melhor, fazendo tudo maravilhosamente bem. A gente se dedica, aprende e se aperfeiçoa. E assim, hoje eu dirijo, eu corro, eu medito, eu faço ioga, eu amo parques aquáticos e mais um tanto de outras coisas que até algum tempo atrás seriam algo muito longe da minha realidade. E você, tem algo que deixou de fazer por mania de perfeição? Sugiro você rever já isso.

Começar pequeno, aos trancos e barrancos, é melhor que não fazer nada. É aquele velho ditado: “A caminhada que eu faço é melhor que a corrida que eu não dou nunca”.

Simples assim!

#SHinspira